segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Quem é quem, em Rio Preto, depois das eleições 2010

Nosso consultor político, que prefere não se identificar, analisa o quadro de deputados eleitos por Rio Preto e já tem uma conclusão: Rio Preto surge como a cidade mais poderosa do Estado, em termos de representatividade política. É a única cidade paulista a ter um Senador: Aloysio Nunes (PSDB) e seis deputados federais na sua macro-região: Edinho Araújo (PMDB); Rodrigo Garcia (DEM); Vaz de Lima (PSDB); João Dado (PDT) e Sinval Malheiros (PV). Veja como fica a configuração regional e o potencial de cada um.

1. Rodrigo Garcia (DEM), é um dos campeões de votos desta eleição. Obteve 226.073 votos (7o lugar) e surpreendentes 15 mil votos em Rio Preto. Surge forte e como um dos maiores expoentes do DEM no estado e no País.

2. Vaz de Lima (PSDB), é outro campeão de votos. Deixou para trás muita gente boa do PSDB com seus 170.777 votos no total (20o lugar) e esperados 25 mil em Rio Preto. Sobe alguns degraus na hierarquia partidária e após 3 mandatos como Deputado Estadual e ex-presidente da Assembléia Legislativa de SP, pode ser considerado como um dos caciques do partido.

3. Edinho Araújo (PMDB), é o grande campeão de votos em Rio Preto, obteve 62.630 votos na cidade e 100.195 no total. Foi o mais votado do PMDB e conseguiu a única vaga do partido. Está imune à decisão do STF sobre o Ficha Limpa já que o PMDB tem direito a 1 vaga, ele é o mais votado e Francisco Rossi fez apenas 52 mil votos (a metade de 2006 quando fez 104 mil). Ganha força e respaldo considerável para as eleições municipais de 2012. Uma curiosidade é que fez mais de 8 mil votos em Mirassol e pouco mais de 4 mil votos em Santa Fé do Sul.

4. João Dado (PDT), fez a lição de casa: consolidou seu eleitorado, aumentou a votação de 61.716 votos em 2006 para 70.486 votos nesta. A tarefinha era ser o 2o do partido e ele conseguiu, atrás apenas de Paulinho da Força (267.208 votos). Cresce na hierarquia do partido e seu peso em Votuporanga, embora considerável, é contrabalançado pelo Deputado Estadual eleito Carlão Pignatari (PSDB).

5. Sinval Malheiros (PV), embora tenha diminuído sua votação de 72 mil em 2006 para 59.209 nesta, está eleito pela expressiva votação total do PV. Pode ser afetado pela decisão do STF, caso a justiça considere válidos os votos dos candidatos sub-judice. Há muito tempo Catanduva não elegia uma dobrada, 1 federal e 1 estadual. Surge como força para a próxima eleição municipal de Catanduva já que Afonso Machione cumpre seu 2o mandato e não pode disputar a eleição.

6. Júlio Semeghini (PSDB), embora tenha deixado para trás muitos caciques do PSDB com seus 113.33 votos, viu sua votação diminuir bastante, tanto no geral (em 2006 fez 160.962 votos), quanto em Fernandópolis e região. É um dos deputados mais próximos do Governador eleito Geraldo Alckmin.

Os DEPUTADOS FEDERAIS NÃO ELEITOS:

1. Manoel Antunes (PDT), embora tenha diminuído sua votação (64.054 votos em 2006 e 40.238 agora) nunca esteve tão perto da vaga, pois o PDT fez 3 deputados federais e ele é o 4o colocado da chapa. A diferença entre ele e Salvador Zimbaldi (42.743 votos) é de apenas 2.505 votos. Fez 31.153 votos em Rio Preto e mostrou que ainda tem boa musculatura. Deixou para trás Luís Antônio Medeiros e Fernando Chiarelli, um ex e um atual deputado federal pelo PDT.

2. Vadão Gomes (PP), apesar de a votação de Paulo Maluf e Beto Mansur estarem sub- judice, mesmo com os votos deles, fica na suplência. Viu seus votos diminuirem bastante (78.728 em 2006 e 56.277 votos agora). Ficou na 2a suplência do partido, atrás da candidata Delegada Graciela. Como previsto, por este blog, no post de setembro, sem Maluf, não tinha chances.

3. Eleuses Paiva (DEM), aumentou sua votação no cômputo geral (79.716 votos em 2006 e 107.464 votos agora) mas novamente fica na suplência (2a). Sua votação em Rio Preto praticamente não se alterou, ficando atrás do folclórico Tiririca. Terá de aguardar para ver se deputados federais eleitos serão chamados para compor um governo tucano no Estado e com isso, novamente assumir a vaga de deputado.

4. Pedro Roberto (PSOL), embora tenha tido uma pequena votação em comparação com os eleitos (6.737 votos) é o 1o suplente da coligação do PSOL que fez um deputado apenas: Ivan Valente (189.014 votos). É um dos candidatos vereadores e viu sua votação na cidade aumentar em relação às eleições municipais de 2008 (fez 5.798 votos em Rio Preto agora).

5. Regis Oliveira (PSC), apesar de ter aumentado sua votação geral (48 mil para 80 mil votos) ficou na 1a suplência. Aumentou um pouco sua votação em Rio Preto (1125 votos). A dobradinha com Renato Pupo não carreou tantos votos quanto esperado.

Mais tarde, a análise sobre os deputados estaduais. Aguarde.

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